
CIRURGIA GINECOLÓGICA
A cirurgia ginecológica ocupa um lugar essencial no cuidado à saúde da mulher, sendo indicada quando a abordagem clínica já não é suficiente para preservar a função, aliviar sintomas ou garantir qualidade de vida. Trata-se de um campo que exige rigor técnico, experiência e profundo respeito pela história corporal e emocional de cada paciente.
A histerectomia, indicada em situações como miomatose, sangramentos uterinos refratários, endometriose avançada ou neoplasias, deve ser conduzida com criteriosa avaliação e planejamento individualizado. Quando bem indicada, representa não apenas a resolução de uma doença, mas a restituição do conforto e da segurança clínica da mulher.
O tratamento cirúrgico da incontinência urinária tem como objetivo restaurar a função do assoalho pélvico e devolver autonomia às pacientes que convivem com perdas urinárias involuntárias. As técnicas atuais permitem abordagens eficazes e seguras, sempre precedidas de diagnóstico preciso e indicação adequada, respeitando a idade, o grau de comprometimento e as condições associadas.
A mastectomia, por sua vez, insere-se em um contexto de cuidado oncológico, no qual a cirurgia assume papel fundamental na preservação da vida. É uma intervenção que exige não apenas excelência técnica, mas sensibilidade no acompanhamento, considerando os impactos físicos e emocionais decorrentes do tratamento do câncer de mama.
Já a perineoplastia é indicada para correção de alterações anatômicas do períneo, frequentemente associadas ao parto vaginal ou ao envelhecimento. Além do aspecto estrutural, essa cirurgia contribui para a melhora funcional, conforto e qualidade da vida íntima da mulher.
Em todas essas situações, a cirurgia ginecológica deve ser pautada por princípios éticos, indicação precisa e acompanhamento cuidadoso no pré e pós-operatório. Mais do que intervir, o propósito é cuidar, preservar funções e oferecer à mulher a possibilidade de seguir sua trajetória com saúde, dignidade e segurança.